sexta-feira, 11 de novembro de 2011

O SOM DE UMA REVOLUÇÃO OU O PÚLPITO PARA OS DIREITOS CIVIS?

Negros e brancos estavam estudando em escolas diferentes e claro, a escola dos negros era horrível. Nos transportes públicos, os negros tinham que sentar-se em outro lado, não se misturavam. Os negros não podiam votar. Se um negro sofria um acidente, não importava. Se um branco matava um negro, ninguém era punido. Um negro era uma coisa. No fundo continuava sendo um escravo. Ou pior, porque o amo fazia grandes despesas. Agora o "chefe" pagava salarios menores, um negro livre trabalhava mais que quando existia a escravidão. Um preto livre produzia mais, era mais eficiente e menos dispendioso. Bem-vindo à mentira da liberdade. Onde foi isso? Nos Estados Unidos. Quando? Ainda era a década de 1950. Mas a indignação é um copo de vidro que está sempre cheio, e quando explode é porque já está no topo. O movimento dos Direitos Civis dos Africano-Americanos começou exatamente com algumas gotas que derramaram o copo. O assassinato de Emmett Till em 1955 foi uma dessas gotas. Foram umas pessoas brancas, supostamente porque o jovem Emmett fez um elogio para uma garota branca. Os brancos o espancaram até que ele morreu. A mãe de Emmett se recusou a fechar o caixão durante o funeral, queria que vissem a surra que haviam dado no seu filho. Milhares de pessoas fizeram peregrinações a este santuário, para ver aqueles hematomas de racismo. A indignação foi ainda maior quando os culpados foram liberados nos próximos dias.

Quando Rosa Parks se recusou a abandonar o seu assento no ônibus e dar para um branco, foi presa por perturbar a ordem pública, um ministro batista pelo então desconhecido chamado Martin Luther King, teve a tarefa de dirigir o boicote aos ônibus de Montgomery, no estado da Alabama. Note-se que Rosa Parks estava trabalhando como secretária do movimento dos direitos civis desde 1950, e permaneceu nessa luta até o fim dos seus dias. Claro, este é apenas o começo. O movimento dos direitos civis é extremamente complexo, e cheio de momentos e personalidades. É claro, temos Martin Luther King, Malcolm X e Rosa Parks, entre outros. O movimento dos direitos civis, deve ser notado, foi em grande parte pacifista (por vezes, Malcolm X é excluído destas listas, porque em muitas ocasiões, foi acusado de promover a violência), fizeram ações de protesto de base legal e de rua. Lembre-se, por exemplo, as mobilizações em Mississippi, em 1962, ou a Marcha sobre Washington, em 1963. Todo esse movimento tinha uma inclinação pacifista muito forte, acredito que talvez grandemente influenciada pela religião. E quando digo religião, quero dizer que dos púlpitos dos pastores, a presença de figuras como Martin Luther King, e o sentimento da religião (relacionado com a paz e a compreensão entre os homens) estava lá no início como uma raiz. Além disso, dos templos, saiam cânticos, cantavam os refrões maravilhosos dos coros negros que, em seguida, evoluiram para ser canções de protesta. Ali está localizado Sountrack for a Revolution (2009), de Bill Guttentag e Dan Sturman. Produção executiva de Danny Glover, este documentário conta a história dos direitos civis na América, mas vista através da música, o poder da música para a liberdade, as chamadas freedom songs, cantadas no calor das protestas, nas marchas, nas prisões, as portas dos tribunais. Este é um trabalho que investiga outros lugares, pouco explorados e portanto, ajuda ainda mais a entender este momento crucial na história americana e do mundo. John Legend, The Roots, Joss Stone, Wyclef Jean, Harry Belafonte e outros estão lá, cantando ou falando sobre como eles viviam, o que viram a partir de sua perspectiva, a partir de sua música, o lugar onde é dito com alegria o que doi, que exibe as verdades mais duras, que desgarram o peito e chutam os males do mundo.

A história de ser mais humano, a vitalidade da música, o seu poder, isso é tudo que existe neste documentário maravilhoso.

Sountrack for a Revolution... Se você gosta da musica evangélica negra americana, tem a obrigação de ver e ouvir este trabalho... Fica a dica.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

"BWV" O QUE É ISSO?

Johann Sebastian Bach, sem dúvidas, foi um dos mais virtuosos compositores e músicos de todos os tempos, o mestre da "Fuga".
Desde criança, dentre os vários gêneros e estilos musicais que ouço, com certeza a música de Bach sempre fez e faz parte de meu seleto acervo. Mas o que eu quero falar mesmo é de algo que, claro, não nasci sabendo disso, mas já o sabia há muito tempo... É o seguinte, quem (das pessoas que apreciam a música clássica), nunca ouviu falar o nome de uma peça musical, seguido da sigla "BWV" acompanhada de uma numeração???
Pois é, estes dias uma pessoa me perguntou o que era isso, eu respondi a ela e, achei que seria legal postar essa informação aqui.

BWV (Bach-Werke-Verzeichnis), refere-se ao Catálogo de Obras de Bach", em alemão, é o sistema de numeração por temas e não cronológico, criado por Wolfgang Schmieder em 1950, e universalmente usado e aceito como a forma padrão de numerar as obras do compositor.

Chique né? rsss

Isso é Bach.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

31 de Outubro (Dia da Reforma Protestante) - REFORMA - UMA CHAMADA PARA VIVER O VERDADEIRO EVANGELHO















O dia 31 de Outubro marca um dia de mudanças radicais. É o dia em que se comemora um fato ocorrido no alvorecer do século XVI que ficou conhecido como Reforma Protestante. A Reforma não foi um fato isolado, não aconteceu pela intervenção de um único homem ou ainda de um grupo apenas.

No final da Idade Média, os fundamentos do Velho Mundo estavam ruindo; foi um período de muitas mudanças, incluindo as descobertas da América por Colombo e, logo em seguida, do Brasil, por Cabral; a economia comercial começou a se fortalecer tomando o lugar do feudalismo; o Renascimento Cultural abriu os horizontes e a maneira de pensar do povo, que até então vivia oprimido por pesados impostos e por inúmeras exigências que eram ditadas pela Igreja.

Foi nesse palco mundial que despontou a figura do monge agostiniano Martinho Lutero. Creio que nosso Deus é Soberano e controla os destinos do mundo e sabe o momento exato de agir em cada situação. O Apóstolo Paulo fala em Gálatas 4:4 que: “Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei”. Deus enviou Jesus quando o cenário mundial estava preparado para recebê-lO. Da mesma forma, O Senhor usou um homem temente a Ele e que buscava encontrar a verdade para os problemas atravessados pela Igreja naquele tempo.

Ao estudar o livro de Romanos, esse homem de Deus foi impactado pela leitura, principalmente do oitavo capítulo que começa com a seguinte declaração: “Portanto agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne; mas segundo o espírito”. Ora, se não havia mais condenação, por que comprar indulgências para salvação? A salvação é um Dom de Deus e depende exclusivamente da fé em suas promessas e da sua Graça maravilhosa. Mas, o que eram as indulgências?

As indulgências eram um documento vendido pela Igreja e que dava um salvo conduto para a salvação. Vi quando estive em Roma, não lembro se na Basílica de São Pedro, uma placa que dizia: “Indulgência plena perpétua e cotidiana para vivos e mortos”. Fotografei essa placa que estava escrita em latim.

O objetivo principal das indulgências era conseguir fundos para construção da Basílica de São Pedro e sustentar o Clero que estava completamente afastado dos princípios do Evangelho da Graça de Cristo, e vivia em luxo e ostentação, além de práticas que estavam diametralmente opostas aos princípios bíblicos.

Antes de Lutero, muitos se opuseram aos desmandos da igreja medieval; eles queriam fazer uma reforma dentro da própria Igreja, inclusive Lutero, mas eram persuadidos a mudar de ideia, ou eram desprezados. Vejamos alguns exemplos: as ordens mendicantes de São Francisco de Assis no século XIII; os Valdenses ou “pobres de Lion”, que questionavam a autoridade papal, o purgatório e as indulgências; os Cátaros ou Puros, ou Albigenses nos séculos XII e XIII; os Petrobrusianos que rejeitavam a missa e defendiam o casamento dos padres, entre outros. Nos séculos XIV e XV, surgiram figuras como John Wycliff , na Inglaterra; John Huss, na Boemia, além de Girolamo Savanarola , Calvino e Knox. Paralelamente a esses reformadores religiosos, podemos citar o grande humanista Erasmo de Rotterdam, que fez uma tradução do Novo Testamento e que se afastava da versão oficial da Vulgata ou ainda a sua sátira contra o papa Julio III, em 1513.

A faísca porém, para que estourasse a Reforma, veio em 1517, quando começaram as campanhas das indulgências que eram pregadas pelo dominicano Tetsel e que, segundo a história, dizia com exibicionismo, que a cada moeda que caía na bolsa do frade, uma alma saia do purgatório. Foi então que Lutero afixou suas famosas 95 teses contra a doutrina da Igreja, na entrada da Catedral de Wittenberg, na Alemanha. Quando lemos as 95 teses, observamos que aquilo era o começo de tudo que viria a seguir. O mundo nunca mais foi o mesmo!

A resposta papal às teses de Lutero veio rapidamente na bula de excomunhão – “Exurge Domine”, sendo que Lutero que foi chamado para se retratar na Dieta de Worms, onde ele respondeu que não iria se retratar de nada do que disse.

Várias foram as tentativas da igreja romana de calar Lutero, mas Deus era com ele e começaram a surgir vários reformadores como Zwinglio e Calvino além de aliados políticos e poderosos.
A verdade começou a brotar e em todo mundo houve mudanças extraordinárias; a luz do Evangelho voltou a brilhar e milhares de milhares de pessoas conheceram o verdadeiro Evangelho da Graça de Cristo. Mas isso foi só o começo e até hoje mudanças ocorrem sempre que a Igreja ou os líderes religiosos começam a pregar outro Evangelho.

Hoje, Deus nos desperta para estamos em vigilância, não permitindo que doutrinas malignas se infiltrem na Igreja, alertando-nos que viver o Evangelho puro e genuíno deve ser nosso foco, lembrando-nos de que os reformadores sempre defenderam algo: a sã doutrina.

Não podemos viver de ondas de avivamento, de modismos, mas buscando, como pessoa e como Igreja, uma verdadeira reforma interior que nos impulsione a transformar todo nosso exterior e o meio que vivemos.
Somos reformadores para este tempo! Somos daqueles que não se conformam com o mundo, que não tomam a forma daquilo que não é princípio de Deus! Somos chamados para uma grande obra, para pregar a maior Reforma que foi estabelecida nesta Terra: o sacrifício redentor de Cristo Jesus na Cruz do Calvário e o poder da ressurreição.

A.T.R.S.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Estudo relaciona personalidade ao gosto musical

Um estudo da Universidade de Leicester traçou o perfil completo dos fãs de vários estilos musicais na Grã-Bretanha e descobriu que a coleção de CDs de alguém pode revelar muito mais sobre a personalidade do que se poderia imaginar.

Os pesquisadores afirmam, por exemplo, que mais de um em cada quatro apreciadores de música clássica já experimentaram maconha, e revelam que os maiores usuários de drogas não são os roqueiros, mas os que preferem a música eletrônica e o hip hop.

"Os fãs desses tipos de música fizeram mais pontos em criminalidade, promiscuidade sexual e uso de drogas", afirma Adrian North, que liderou a pesquisa.

Entre os 2,5 mil entrevistados para o estudo publicado na revista Psychology of Music, os admiradores de blues foram os que receberam mais multas de trânsito e os fãs de peças e filmes musicais se mostraram pacíficos e respeitadores das leis, além de demonstrarem um maior interesse em trabalhos voluntários.

Os participantes responderam perguntas sobre religião, habitação, educação, trabalho e hobbies, entre outras.
A pesquisa mostrou que as preferências musicais podem ser usadas como indicador de status financeiro, com os fãs de pop adulto e música clássica ocupando as camadas mais altas da sociedade britânica.

Quem ouve esse tipo de música também tende a pagar suas contas de cartão de crédito todo mês, ao contrário dos que preferem hip hop, rap e dance music.

O nível educacional também é um fator refletido nas escolhas musicais. Pessoas que obtiveram títulos de mestrado ou doutorado, por exemplo, têm mais chances de apreciar ópera, jazz, blues e música clássica.

Fonte: www.bbc.co.uk

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

O Desejo...

Existem conceitos que são preconcebidos desde que nascemos. Sentimentos como amor, felicidade, ciúme, desejo, alegria, tristeza, ânsias e muitos outros, nos são passados conceitos em forma de tradição para cada um deles, mas será que podemos ser livres assim? Poucos fazem questionamentos sobre o que aprendem, a maioria das pessoas está satisfeita com nosso modo de vida, e qual seria este modo? Vivemos num verdadeiro caos, onde ódio é o oposto de amor e paz é o oposto de guerra. Partimos do ponto em que os opostos se atraem, então poderá a guerra atrair a paz? Poderá o amor atrair o ódio?

Falando sobre o desejo. Nascemos com a idéia de que o desejo é algo que precisa ser suprimido, manipulado e desgastado. Não devemos nos render ao desejo, devemos fugir dele com entretenimentos, mas será que isso resolve algo? O que é o desejo? Como ele se movimenta, como ele age, como ele irá aparecer e ir embora? Já parou para fazer estes questionamentos? Então estamos aqui para isso.

Examinemos o desejo, sem reprimi-lo, sem prejulgá-lo nem nada do tipo. O que é o desejo? Como começa o desejo? Não seria um estímulo sensorial? Todo desejo começa a partir de um estímulo sensorial, sentindo um cheiro, um toque, vendo algo. Depois de pegar este estímulo, sua mente o transforma e algo que você já tenha visto, ou a processa pela primeira vez, mas o problema do desejo é quando o pensamento entra em ação. Depois de pegar este estímulo, você pode se senti bem ou mal, pensar - “Nossa, que coisa legal” ou “nossa, que coisa ruim”, mas se tratando de um objeto por exemplo, seu pensamento pode falar - “Nossa, que coisa legal, vou querer essa sensação de novo!”, e querer experimentar esta mesma sensação novamente é impossível, visto que nunca há sensações iguais na natureza, é esta mudança que faz a beleza da vida.

Temos que aprender que a ganância, a competição, e tudo de ruim que fica acumulado em nosso pensamento poderá influenciar em nosso desejo, é aí que o bom senso deve agir e mudar o curso das coisas.
A gente tem mania de jogar pra Deus fazer aquilo que só depende de nós,
por não termos coragem de tomar uma ação, mesmo querendo muito aquilo...
Tenho me dado conta de que Ele não vai vir fazer o que depende de mim...
Se eu queria algo, pedi e agora está diante de mim, ao meu alcance, foi
porque Ele permitiu...

"Deus não vai fazer por mim o que eu posso fazer... Dependo Dele sim,
mas não sou um parasita."

ATITUDE É TUDO...
A Lista


Oswaldo Montenegro

Faça uma lista de grandes amigos
Quem você mais via há dez anos atrás
Quantos você ainda vê todo dia
Quantos você já não encontra mais...

Faça uma lista dos sonhos que tinha
Quantos você desistiu de sonhar!
Quantos amores jurados pra sempre
Quantos você conseguiu preservar...

Onde você ainda se reconhece
Na foto passada ou no espelho de agora?
Hoje é do jeito que achou que seria
Quantos amigos você jogou fora?

Quantos mistérios que você sondava
Quantos você conseguiu entender?
Quantos segredos que você guardava
Hoje são bobos ninguém quer saber?

Quantas mentiras você condenava?
Quantas você teve que cometer?
Quantos defeitos sanados com o tempo
Eram o melhor que havia em você?

Quantas canções que você não cantava
Hoje assobia pra sobreviver?
Quantas pessoas que você amava
Hoje acredita que amam você?

quarta-feira, 13 de abril de 2011

13 DE ABRIL... DIA DO BEIJO

Beijo 2 - Beijo 2
Olá, pessoal! Tudo bem?!
Esta semana comemoramos aqui no Brasil o Dia do Beijo (13 de abril). Bom né?
Para não dizer que não falamos dos beijos, segue um texto sobre o tema. Mas lembre-se de uma recomendação do Ministério da Saúde: beijar é muito melhor na prática que na teoria! rs
Beijos e sorrisos,

Beijo que te quero mais (por Rosana Braga)
Beijo deveria ser moeda de pedágio. Passar pela porta de casa seria proibido sem antes lascar um beijo na mãe, no pai, no irmão, no filho, no marido e, para quem gosta, até no cachorro!
Beijo deveria ser como bolinha de sabão. Num sopro, a gente poderia mandar alguns pelos ares, que explodiriam na pele de quem neles encostassem. E de repente, sem saber de onde veio, seríamos presenteados com um beijinho perdido pelas ruas da cidade…
Beijo deveria ser elemento químico. Constar na Tabela que a gente tem de decorar para a prova de química, no colégio. Assim, certamente seria mais interessante e ainda ensinaria qual a fórmula mágica deste estalo tão bom…
Beijo deveria caber num envelope, mesmo que fosse dos maiores, mas que pudéssemos enviá-lo pelo correio, para aquela pessoa que está tão longe e que daria qualquer coisa para sentir o gosto da boca de seu amado.
Beijo deveria acender luzes pelo corpo da gente. E quando a energia elétrica entrasse em pane, bastaria que demonstrássemos nosso amor pelas pessoas queridas e qualquer escuridão terminaria…
Beijo deveria estar disponível nas vitrines das melhores docerias. Poderia até ter preço especial, mas que pudessem pagar por ele aqueles que aparentemente menos merecessem, porque beijos são realmente transformadores e certamente provocariam reações sensacionais.
Mas beijo não é assim. É particular e a gente escolhe em quem quer dar. Porque beijo é um presente que precisa de vontade para ser oferecido. E talvez seja melhor que assim aconteça: não tão anônimo, não tão sem motivo, nunca forçado, ainda que possa ser pedido.
Por fim, é essencial que o beijo seja leve, fluido, sintonizado com a delicadeza própria de quem sabe dar. Na verdade, beijo é sempre dado. Receber é apenas contingência da mais gostosa e prazerosa troca entre duas pessoas que se desejam insanas por alguns instantes…

… posto que um beijo pode valer mais que a lucidez de uma vida inteira.

terça-feira, 22 de março de 2011

MÚSICA PARA OS OUVIDOS - O PODER DA AUDIÇÃO

Durante o ensaio de uma orquestra o maestro interrompe intempestivamente a execução da sinfonia para dar uma bronca em um dos violinistas: “ Você desafinou levemente no segundo Dó do compasso 43!”. Como ele fez para reconhecer, no meio de tantos músicos, apenas um que desafinou ligeiramente? Além da localização sonora, que praticamente todos temos, existem algumas pessoas que possuem uma habilidade extraordinária de reconhecer a freqüência fundamental de um som (altura, ou ainda pitch, em inglês) sem a necessidade de um som de referência. Essa habilidade, muito rara (provavelmente presente em menos de 0,01% da população), é denominada “OUVIDO ABSOLUTO”.
É interessante comparar essa habilidade com o reconhecimento absoluto da cor sem comparação com padrões. Reconhecer o vermelho, por exemplo, é uma habilidade comum em aproximadamente 98% da população (excetuando apenas 2% daltônicos em algum grau). Por outro lado, o sistema auditivo tem uma incrível capacidade de comparação de alturas, que não tem similar em outros sentidos. Quase todas as pessoas conseguem dizer se um tom é mais agudo ou mais grave que outro, e após algum treino, podem-se reconhecer intervalos entre tons com variados graus de precisão. No entanto, nós não conseguimos julgar se uma cor tem o dobro da freqüência de uma cor de referência, por exemplo.
Apesar de ser objeto de estudo há muitos anos e das diversas teorias já propostas, os cientistas ainda não foram capazes de entender completamente o “ouvido absoluto”. Na realidade, apesar de anos e anos de pesquisas ainda não se sabe ao certo como o nosso ouvido é capaz de discriminar tantas freqüências com tanta precisão e velocidade, e muitos fenômenos auditivos, conhecidos como ilusões acústicas (como o mistério da “altura fantasma”, por exemplo), permanecem ainda sem uma explicação definitiva. Assim como esses, outros fenômenos peculiares da nossa audição seguem intrigando os pesquisadores da área (e qualquer curioso que pare para pensar sobre a incrível acuidade e versatilidade do sistema auditivo).
Além da altura, somos capazes de identificar a intensidade e o timbre (qualidade) de um som e a localização da fonte sonora. Partes das funções da audição são realizadas no órgão periférico auditivo. O som que chega na orelha é conduzido até a cóclea, que o transforma em impulsos elétricos. O sistema nervoso central tem um papel decisivo no processamento desses dados, que são avaliados, filtrados e reoganizados até adquirirem significado.
E de que mais o sistema auditivo humano é capaz? A orelha responde a estímulos de pressão sonora que variam enormemente. A potência de um som muito forte pode chegar a ser doze ordens de grandeza superior que a do som mais fraco que podemos ouvir. O sistema auditivo ainda inclui um engenhoso sistema de proteção contra pressões sonoras elevadas (mas não suficientemente eficaz para evitar perdas auditivas por exposição a sons mais intensos que os encontrados na natureza). O intervalo de freqüências que ouvimos varia muito entre as pessoas, mas em geral considera-se que o ser humano é capaz de ouvir sons entre 20 e 20.000 Hz, embora a sensibilidade varie bastante com a freqüência. Em algumas freqüências as vibrações do tímpano chegam a ter amplitudes da ordem atômica, e mesmo assim conseguimos identificar o estímulo!
Outra qualidade interessante do sistema auditivo é a seletividade. Dos sons misturados de uma orquestra somos capazes de selecionar o som de um único instrumento. Em um ambiente barulhento, com muitas pessoas falando simultaneamente, é possível focar a atenção em um único interlocutor. E, mesmo durante o sono, uma mãe (ou pai, se for mais atento!) pode responder a um leve soluço de um bebê, mas não acordar com um temporal. Conseguimos “filtrar” sons neutros, como o barulho de uma geladeira, ou do ar-condicionado, mas reclamar do som de uma torneira pingando, por exemplo.
O sistema auditivo humano é complexo em sua estrutura e impressionante em seu funcionamento. A possibilidade de escutar, analisar, interpretar, reconhecer e processar informações sonoras como parte do processo de comunicação é uma característica peculiar que devemos aprender a admirar e preservar. E para os cientistas representa ainda uma vasta área para explorar e entender.
M. Knobel - UNICAMP

quarta-feira, 9 de março de 2011

NADA DURA PARA SEMPRE!

Muitas vezes falamos que isso é para sempre, que essa amizade é para sempre, que esse amor é para sempre, enfim, por mais que queremos, nada é para sempre, nem mesmo nós somos!

Queremos que o sempre nunca tenha um fim, que aquela magia continue "sempre", mas o sempre nunca vai ser sempre, ele tem que ter um fim. Suas amizades não vão ser sempre as mesmas, no futuro, novos amigos virão; sua personalidade vai crescer e você nunca vai ser sempre o mesmo.

Pra piorar, às vezes sofremos por fazer coisas que não deveríamos, mas quando vemos, aconteceu: Amar quem não nos ama, querer quem não nos quer, desejar o que não podemos ter...
Em geral, essas situações parecem que nunca vão passar...

Mas o tempo vai passar, sua vida irá mudar e o que era "sempre" vai sair da sua vida automaticamente. Você vai perceber com o tempo que o "sempre" que você falava no passado não está mais presente junto a ti, sua vida mudou e é diferente do que era a alguns anos atrás...

Assim é a vida!

Aprendemos a vivê-la com o tempo, com erros e percebendo que com a facilidade que as pessoas entram na sua vida, elas saem. Então esqueça o "sempre", simplesmente aja como se as coisas da sua vida renovassem a cada ano.

Enfim, certo estou de que nunca irás sentir minha falta, embora eu ainda sinta a sua.
Mas saudade passa, amor passa, solidão passa, demora, mas passa.

Um dia tudo passa, por que afinal NADA DURA PARA SEMPRE!

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

NADA SE CRIA, TUDO SE TRANFORMA... OU SE COPIA?!

Tenho observado os adolescentes em seus comportamentos: estilo de música, trajes, cabelos, enfim, tudo o que é pertinente a está fase da vida deles.
E, fazendo isso, não tive como deixar de fazer algumas comparações com a minha época de adolescência (quero deixar claro que não faz muito tempo... rsss).
Algumas coisas realmente são novidades, por exemplo, a interação virtual que se deu com o crescimento da informática, a informação com maior acesso, games, telefonia...
Bom, sou do tempo do Atari, televisões com programas infantis, existiam também bandas e cantores infantis... Afff, deixa pra lá, não é bem disso que quero falar, acho que to ficando saudosista, embora eu tenha gostado muito da minha fase infanto-juvenil, tenho certeza que parte do que sou, deve-se a vivencia deste período.
Agora, voltemos ao foco... Tirando as tecnologias e descobertas científicas dos últimos anos na transição de século, na moda e na música, o que temos de novidades?!!
Eu disse que tenho observado a garotada, várias tribos e, notei que, o que um dia foi estilo de vida, hoje não passa de moda sazonal!!
Na música, bom, poucas coisas apareceram que nos permitem dizer “óhhh... que diferente!”, na moda... pasmem!!! Nada de novo, aliás, a expressão “Retro”, nunca foi tão usada como tem sido hoje... Ah tem mais uma “Repaginação”... Nem a nova MPB tem sido tão interessante, salvo algumas cantoras e cantores, (algumas cantoras fica difícil dizer quem é quem), nossa, até na MPB Clássica!!!
Mas, quer saber? Eu acho interessante isso, aliás, é hilário, ou seria triste?! Vi outro dia uns garotos cantando na TV, não me lembro o nome da banda, pois todas elas se parecem, ou seja, os mesmos riffs de guitarras, as letras semelhantes, enfim, são como grupos de pagode, axé e um tal de sertanejo universitário, ouviu um, ouviu todos (e olha que eu até gosto de música do campo, mas a de raiz). Bom, essa banda parecia uma atração circense de tão colorida (rsss), notei que ela influencia muitos garotos que colorem os cabelos e tudo o que tem direito, que acham que estão inovando ou lançando uma nova moda (tadinhos), acho que nunca ouviram falar em David Bowie, Cyndi Lauper, Boy George... e por aí vai...
Enfim, pouquíssimas coisas interessantes surgiram... MEU DEUS TUDO É RETRO!!!
Bom, tudo isso que falei foi baseado na moda e música secular, no entanto, a música gospel no Brasil, em relação à minha época melhorou muito, acho que um pouco se deve ao comportamento das igrejas, de seus líderes (alguns) terem revistos seus conceitos com relação aos usos e costumes, caprichos e em alguns casos até hipocrisia denominada doutrina, mas num é disso que quero falar...
O que quero dizer é que a música evangélica tornou-se mais popular, isso fez com que as técnicas e, portanto, os músicos que a fazem, procurassem estudar mais, buscarem maiores conhecimentos... Porém, nada é perfeito (infelizmente), as pessoas pecam por excesso, alguns grupos até começaram bem, porém, ao conseguirem algo, repetem tanto isso que acabam enjoando quem ouve, há casos que a música parece um “mantra”!!! Sério!!! E aí você começa a achar que este grupo que estava indo tão bem, é limitado, está patinando, não consegue ir além (tecnicamente falando).
Vendo tudo isso, eu me lembro da Lei da Conservação das Massas... Se eu to ficando louco?!!
Claro que não!! Lebram do que ela diz? Resumidamente:Não se pode criar algo do nada nem transformar algo em nada (Na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma). Logo, tudo que existe provém de matéria preexistente, só que em outra forma, assim como tudo o que se consome apenas perde a forma original, passando a adotar uma outra.”
Mas gente, sinceramente, o que eu tenho visto ultimamente, não tem nada de transformação... Trata-se de cópias mesmo!!!

Valew galera, até o próximo post...


terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Como se definem os estilos musicais hoje?

Rss... Difícil dizer...
Por ser invisível e impalpável, a música é certamente a mais maleável de todas as formas de expressão. Essas qualidades tornam extremamente difícil e ingrata a tarefa de descrevê-la, classificá-la ou rotulá-la. Porém, é possível dizer que sua base é o ritmo, ou pulsação (que deve ter sido a primeira manifestação musical humana). Antes de existirem os tambores, provavelmente o homem já dançava, marcando o ritmo com palmas ou com os pés. Segundo alguns antropólogos, as primeiras músicas compostas pelo homem tinham por finalidade acompanhar danças ligadas à cerimônias religiosas. Com isso, podemos entender que a grande variedade de ritmos foram responsáveis na definição de gêneros e estilos. A melodia é o segundo elemento básico de uma composição musical (seqüência de notas), que provavelmente surgiu com o canto, isso, muito antes de existirem os primeiros instrumentos como: flautas feitas de osso, provenientes do final da Idade da Pedra, entre 10 mil e 20 mil anos atrás.
Depois de muito tempo desenvolveu-se a harmonia, que é a arte e a ciência de combinar as notas musicais em um todo de forma coerente, não só em melodias, como em acordes (blocos de notas tocadas simultaneamente), ou seja, o desenho/formato da música. Essa evolução de séculos se deu principalmente a partir da Idade Média, quando a harmonia passou a adquirir maior relevância. A relação entre ritmo, melodia e harmonia seria, assim, o primeiro passo na definição de um estilo musical - mas, muitas vezes, isso ainda não basta. Há vários estilos cuja identidade está ligada também a outros fatores como os tipos de instrumentos utilizados à origem étnica/cultural  - por exemplo quando falamos dos ritmos latinos e africanos, ao teor emocional das letras dos lamentos do blues ou do fado português e até ao modo de interpretação, como a improvisação, característica essencial do jazz). Para complicar mais as definições dos estilos musicais, hoje em dia tem todo tipo de fusão de estilos. Quem nunca viu ou ouviu grandes guitarristas de rock interpretando Bach, Mozart entre outros, num arranjo nada tradicional, ou até mesmo no jazz?!!
Música, nos dias de hoje, é uma arte que pode tudo, ou seja, não existe mais uma fronteira definida entre gêneros como o clássico e o popular, que até um tempo atrás, sempre foram bem distintos. O estilos musicais estão cada vez mais indefinidos e essa flexibilidade é uma tendência da própria música enquanto forma de arte.
Mas vejam, estou falando de estilo musical, não me refiro a esta enxurrada de ritmos sazonais, modismo, feitos só para serem comercializados e que, graças a Deus, logo passam.
Bom por enquanto é isso gente, até o próximo post.